Ah, inspiração, minha garota peralta...
Tão querida e estimada – tão traquinas!
Tu, que me vens a toda insólita hora
E me deixas o papel em branco quando
Uma caneta tenho em mãos.
Na correria matinal pelo labor do dia
No banheiro ébrio de uma noite perdida,
Tu vens, insolente, dar-me um tapa na cara
Só para sumir e me tirar o dia com insensatos
[rabiscos.
Incitas apaixonadamente minha mente a pensar
Que és brilhante, e eu, um verdadeiro poeta,
Só para divagar – palavra após palavra...
Deixando-me a sós, com meus insípidos versos.
Fugaz! Cruelmente foges quando te procuro
Para, minutos depois, tirar-me o sono tão caro
E o sono me devolves antes mesmo da mão trabalhar.
Uma verdadeira ninfa náiade em conturbadas corredeiras
Ah, se te pego! Farei de ti minha Salmácis e jamais
Desperdiçarei uma linha, nem ao menos uma gota de tinta
[sequer.
Thomas 01/2008
Assinar:
Postar comentários (Atom)
2 comentários:
...e tornar-se-á o hermafrodita das palavras, para que da cópula resulte sempre a criação. Muito bem, nutridor de teu próprio ego, vai assim te tornando Deus.
"Keep on moving".
Postar um comentário